Novembro 11 2018 2Comentários

As três principais dúvidas que recebo sobre a alimentação vegetariana

O dia Mundial do Veganismo celebra-se a 1 de novembro e um pouco por toda a parte surgem notícias e são divulgadas acções que promovem este modo de vida.

É também nesta altura que muita gente ganha consciência e começa a repensar as suas escolhas alimentares e não só.

Este ano tive uma recebi muitas questões relacionadas com o veganismo e o que é afinal o veganismo, o que o distingue do vegetarianismo ou de outras escolhas alimentares. Já há tempos escrevi um artigo sobre as diferenças entre ser vegetariano e vegano, mas hoje gostava de aprofundar o tema sobre os primeiros passos para nos tornarmos veganos sem dificuldade.

Seja qual for o motivo pelo qual optamos por deixar de parte os produtos animais, o tempo que levamos ou até mesmo as escolhas que fazemos, todos os esforços devem ser louvados para que te sintas encorajado em fazer a mudança, com cada vez mais convicção.

Se há uns anos, para mim existia apenas uma forma de ser vegano, hoje em dia tenho vários exemplos de caminhos completamente opostos ao meu e que resultaram em pessoas que hoje são veganas convictas e que antes não iriam colocar a questão do veganismo em cima da mesa, o que me fez repensar o porquê de cada um ser vegano.

Desde atletas, a quem apenas quer ter uma alimentação saudável, a ambientalistas hoje em dia todos temos uma causa em comum: a produção de produtos animais não é sustentável e o sofrimento animal não pode ser tolerado.

Deixo aqui as três principais dúvidas que recebo:

1. Sempre comi carne e não sei cozinhar sem ela.

Estamos habituados a ter sempre a carne como a principal fonte de alimento e não damos a devida importância aos outros alimentos, eles são vistos como acompanhamentos.

Para começar a cozinhar sem carne, basta retirá-la do menu e começar a valorizar os outros alimentos: cereais, legumes, leguminosas, vegetais e frutas. Todos estes alimentos têm os nutrientes que precisamos para ficar bem alimentados e nutridos.

2. A comida vegetariana é muito cara!

Uma refeição vegetariana completa e equilibrada deve ser composta pela combinação por exemplo de leguminosas, com legumes, salada crua, fruta e sementes. Por exemplo podemos comer um prato composto por: arroz com feijão, acompanhado com legumes cozidos e uma salada variada e terminar com uma peça de fruta. Este exemplo é um prato bastante acessível, claro que pode ser acrescentado um pedaço de tofu, tempeh ou seitan (substituto) mas o mais importante é variar os nossos alimentos e consumir, de preferência alimentos da época.

3. A cozinha vegetariana não tem sabor ou tem muitas especiarias.

Toda a cozinha precisa de ser bem preparada e condimentada. Não há carnista que coma produtos animais sem os cozinhar e temperar.

Já convidei amigos a visitar um restaurante vegetariano e alguns já iam com a ideia que a comida vegetariana não tem sabor e acabaram por ter uma experiência muito agradável.

O que acontece é que o nosso paladar está habituado à gordura e ao sal típicos dos produtos de origem animal. Quando comemos alimentos vegetais não temos a gordura e por isso o sabor dos alimentos é muito diferente e por isso é que algumas pessoas podem ficar mais resistentes à mudança. O mesmo acontece quando trocamos para as bebidas vegetais que são naturalmente mais leves e sem gordura. O importante é mesmo educar o nosso paladar a estes novos sabores e começar a experimentar novos condimentos.

A mudança pode começar já hoje e se queres aprender algumas receitas vegetarianas, convido-te a visitar o menu de receitas do blog =)

2 comments

  1. Quais são os nutrientes que não são encontrados em nenhuma fonte alimentar vegana não industrializada (e de boa absorção) e que, portanto, devem ser suplementados?

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  2. Penso que não existe melhor forma de mudar do que se informando sobre a necessidade da mudança. No caso do veganismo/vegetarianismo, não faltam documentários, vídeos, palestras motivando à reflexões imprescindíveis sobre como nos portamos diante das espécies animais, sendo o predador delas, considerando-as erroneamente “nascidas para morrer” e virar o almoço de cada dia das majestades humanas. Algumas pessoas jamais pensariam em cozinhar seu gato ou cão de estimação, mas cozinham outros sencientes, igualmente lindos e inteligentes, que adoravam respirar como seus Pets e amavam viver como qualquer um de nós. Pedaços de cadáveres não deveriam ser considerados comestíveis, mas são. Animais não deveriam ser apreciados por causa da sua carne mas sim pela pureza de seu coração, seus sentimentos nobre tais como lealdade, amizade e benevolência. Falta ainda informação para os consumidores de carne, porque nas embalagens das prateleiras dos supermercados não consta, por interesse e conveniência, claro, a origem do produto, isto é, o capítulo sujo em que o animal foi morto e agonizou no próprio sangue, ao lado de seus irmãos animais. Cada pedaço de carne embalada é um drama, um gemido sufocado de um ser que morreu acreditando em vão, até o último minuto, que o poderiam salvar.
    https://www.sejavegano.com.br/
    http://veganize.com.br/medicos-veganos-norte-americanos-que-voce-precisa-conhecer/
    https://www.vista-se.com.br/docs/

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