Consciência animal – manifesto

20120724-140306.jpgUm grupo conceituado de neurocientistas apresentou recentemente em Cambridge um manifesto, que declara a consciência nos animais não humanos. Ao contrário dique seria de esperar, estes neurocientistas não se encontram ligados a qualquer movimento de direitos dos animais, nem sequer com o veganismo.
O estudo foi levado a cabo por Philip Low, juntamente com o reconhecido físico Stephen Hawking, que descobriram que a estrutura que se pensava que distinguia os animais humanos e os animais não humanos, o córtex cerebral, não é o produtor de consciência. sendo assim, se o restante cérebro produz os estímulos de consciência de si, podemos concluir que os animais não humanos possuem consciência.
O manifesto inclui todos os mamíferos, pássaros, entre outros, como os polvos, que tem estruturas nervosas que produzem consciência, por isso o manifesto conclui que os animais sofrem.
O facto de ser um grupo de cientistas de renome a conduzir o estudo, eleva a credibilidade do estudo. O manifesto não especifica o tipo de dor ou se podemos comparar a dor inter espécies, apenas que os animais (humanos e não humanos) partilham a capacidade de sentir prazer ou dor. O estudo descobriu que são activadas no cérebro dos animais estruturas semelhantes, que activam a sensação de medo, felicidade e bem-estar. Outro factor e a capacidade de autoreconhecimento no espelho. Esta habilidade e partilhada pelos golfinhos, bonobos, cães e algumas espécies de pássaros.
Apesar de não trazer novas descobertas para o campo da neurociência, este posicionamento cientifico e inédito. Poderemos estar a assistir a um novo posicionamento da comunidade cientifica em relação ao uso de animais em laboratório, começando a utilizar alternativas tecnológicas. De acordo com Philip Low actualmente são gastos cerca de 20 bilhões de dólares para utilizar 100 milhões de animais não humanos em laboratório. Destes números apenas 6% chega a ser testado em humanos. E uma péssima gestão e uso de vidas desperdiçadas.
Como Low reforça “temos que apelar a nossa engenhosidade no desenvolvimento de tecnologias que permitam criar uma sociedade cada vez menos dependente dos animais”

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