Abril 12 2017 0Comentários

Viajar e Ser Vegan – Londres

Visitar Londres significa tirar as fotografias da praxe em frente ao Palácio de Buckingam ou perto do Big Ben, subir a Tower Bridge, rodopiar no London Eye e passar horas na fila do museu de cera, Madame Tousseau. Mas quando se é vegan e se viaja para degustar e descobrir novos sabores, estas atrações são postas de lado e a procura torna-se uma aventura. Para esta aventura contei com a Joana (veggies on the counter) que está em Londres e que se encarregou do city tour gastronómico pelos arredores de Londres (eu não sabia que Londres pudesse ser uma cidade enorme).

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O city tour foi pequeno, apenas dois dias e meio, com um voo atrasado duas horas, que me deixou desapontada por chegar já perto da meia noite, mas tinha-mos o concerto de Miyagi e cheguei a tempo.
Sábado, ao contrário do que seria de esperar, em Londres o sol brilhava e as temperaturas competiam com as que se faziam sentir no Porto, tempo quente, sol e uma cidade vibrante, com imensas pessoas na rua e os mercadinhos muito animados, cheiros, sabores e cores davam vida a uma cidade que a ultima vez que a tinha visitado primava pelo ar carregado e cinzento que se alastrava a todas as ruas, parecendo uma cidade industrial perdida no tempo. Mas desta vez não, o veganismo iluminava a nossa visita.

Com poucas horas de sono, saímos e eu não sabia o que haveria de encontrar, sabia que era uma cidade muito vegan friendly, que há uma grande oferta, mas não fazia ideia que iria encontrar as ofertas que encontrei, espalhadas por toda a cidade, qualquer quarteirão tem uma opção 100% vegan por isso é super fácil petiscar qualquer coisa a qualquer hora, mas nem todas as opções são 100% saudáveis, há muita junk food e é preciso saber escolher, mas um fim de semana não são dias e por isso tentei provar um pouco de tudo.

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Começamos o dia no Box Park, onde estava a acontecer uma activação da OATLY, a promover um produto novo, onde ofereciam além do cappucino vegano, ofereciam uma t-shirt “Post Milk Generation”. O Box Park, além da activação, tem três espaços veganos:

  1. Borough22, uma loja de donuts, que provei, mas que não se assemelham a donuts, parecem mais bolinhos com a forma de donut e cobertura.
  2. CookDaily, um restaurante de “bowls”, que não cheguei a provar mas que tem um óptimo aspecto
  3. What The Pitta, um kebab vegano que abriu em fevereiro deste ano

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Perto do BoxPark havia um street market de comida (o primeiro de muitos) onde estava a barraquinha Earthlings, onde provei o melhor seitan de sempre. A textura era crocante e o interior muito macio, com um sabor neutro.

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Continuamos a caminhada (abençoado sol que insistia em brilhar) e passamos por mais mercados de comida de rua, algo que notei foi que há sempre oferta de comida e é multicultural, comida mexicana, venezuelana, peruana, indiana, há de tudo nestes mercados e claro, não faltam opções veganas, também de várias culturas. Restaurantes de comida chinesa, vietnamita, mexicana, padarias e confeitarias, todas têm o seu espaço reservado nos street markets.

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O almoço foi no The Black Cat Café, um restaurante comunitário, com as paredes forradas de livros que podemos comprar. As doses do restaurante são generosas e é possível partilhar.

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Durante a tarde ainda estivemos no Regent’s Canal, onde existem barquinhos que são habitados, são casas muito engraçadas e a beira do rio estava imensamente povoada por quem aproveitava o dia de sol e descanso.

Veggie World London

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O propósito da visita era mesmo ir ao Veggie World e ficar a conhecer as novas tendências de produtos veganos, alimentação vegana, saber mais sobre o veganismo em Londres e assistir a uma ou outra palestra.

A feira, comparativamente ao que já tinha experienciado no dia anterior deixou-me um pouco decepcionada, o espaço era pequeno e havia pouca oferta de produtos e novidades.
Um dos stands presentes pertencia à Animal Equality e nesse tive a oportunidade de experimentar a realidade virtual Animal Equality (Igualdad Animal), é possível acompanhar bem de perto desde o inicio ao fim da vida de uma galinha (não consegui ver o filme dos porcos). Aconselho a quem tiver a oportunidade de ver, que o faça, mesmo sendo vegano, reforça a nossa vontade de continuar a defender os que não tem voz.

As conferencias que assisti foram da Dr Melanie Joy e Tim Shieff, este último falou sobre a importância da água e tipos de água para prevenir lesões.

Londres revelou-se uma cidade nova, repleta de oferta e vida vegana. Espero voltar em breve e ficar a conhecer mais locais, que ficaram de fora (a estadia foi muito curta).

aquaesse

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