O ano de 2023mainda agora começou e por aqui já existem muitas mudanças a acontecer! Uma delas e talvez a mais importante será a introdução alimentar do N. que apesar de não estar a ser muito fácil é sempre um grande passo para o desenvolvimento e independência dos bebés.

Hoje, quando estava a organizar as primeiras papas, reparei na quantidade e variedade de proteínas vegetais que usamos cá em casa e como a variedade aumentou significativamente nos últimos anos, não só a disponibilidade, mas também o preço que se tornou mais atrativo. Apesar de ele não começar já com os substitutos da carne, é incrível perceber com em apenas alguns anos passamos de utilizar quase exclusivamente o feijão de soja, para uma grande variedade de outras proteínas que também contribuem para uma agricultura mais sustentável.

As proteínas que mais utilizamos cá em casa são as derivadas da soja, glúten de trigo, ervilha e girassol. Estes produtos normalmente são comercializados em bulk ou transformados noutros alimentos.

As formas mais comuns que utilizamos são:

Soja: apesar de ser mais comum o formato de forma texturizada desidratada, nós gostamos mais do tofu e do tempe. O tofu é um alimento muito versátil que absorve muitos os sabores dos temperos por isso é fácil de utilizar e pode servir tanto para receitas doces como salgadas. O tempe é como diz o ditado “primeiro estranha-se depois entranha-se”. Eu adoro tempe e apesar de não saber cozinhar como deve ser, tenho-o sempre disponível. O tempeh é originário da indonésia e lá eles comem regularmente e também o sabem cozinhar para ficar muito saboroso. O melhor tempeh é o fresco que não tem a amargura do que se compra na dietéticas e para minha alegria, descobri uma senhora indonésias que o faz perto de mim. Assim basta salter com um pouco de azeite e molho de soja que fica delicioso. Também já existem alternativas vegetais ao peixe como a plan tuna ou una que utilizam a soja na sua receita.

Glúten: o glúten de trigo é utilizado para imensos produtos vegan e vegetarianos. Se há uns anos atrás era conhecido pelo seitan, agora, existem muitos alimentos feitos à base de glúten de trigo que imitam os produtos tradicionais portugueses como chouriço, morcela, farinheira entre outros. Para quem gosta de sabores mais intensos, pode experimentar o juicy marbles que é uma mistura de soja e glúten de trigo e imita o sabor e a textura da carne.

Ervilha: se gostas de utilizar pré-cozinhados, já deves ter reparado que a proteína de ervilha ganha cada vez mais terreno, quer seja em bebidas proteicas quer seja em alimentos processados. As marcas utilizam esta proteína para substituir a soja ou o glúten e também porque é uma proteína muito económica de produzir. Desde a beyond meat até às marcas de processados do ikea ou pingo doce, a proteína de ervilha ganha cada vez mais adeptos.

Girassol: muito semelhante à proteína texturizada de soja, a proteína de girassol é mais fácil e rápida de preparar. Pode ser utilizada da mesma maneira que a soja texturizada mas basta hidratar entre de 10 a 15m.

Claro que a par com estas proteínas devemos sempre escolher as que existem há anos nas suas formas naturais como as leguminosas (amendoim, grão de bico, fava, feijão, ervilha, tremoço), as oleaginosas (pistácio, avelã, amêndoas, noz, caju).

O mais importante é ter uma alimentação variada com todos os alimentos que temos disponíveis e claro comer comida saborosa! Qual das alternativas vegetais à carne é que gostas mais?